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Foto Rodrigo Nenê (Diário)/
Uma reunião do Gabinete de Crise do governo do Estado selou, na manhã desta quinta-feira, que os serviços não essenciais, como comércio e restaurantes, podem abrir as portas exclusivamente neste sábado, véspera da Páscoa. Na segunda-feira, um encontro com prefeitos vai definir como serão os protocolos a partir de então e nos próximos finais de semana. Hoje, às 18h, o Estado divulgará as bandeiras e segue permitida a cogestão, que permite regras mais brandas do que a bandeira vigente, como está valendo atualmente - há quatro semanas o Estado está em bandeira preta.
Com a liberação feita nesta quinta-feira, todos os serviços considerados não essenciais poderão funcionar das 5h às 20h apenas neste sábado, como em um dia útil. Assim, lojas dos mais variados produtos (incluindo de Páscoa), restaurantes, bares, academias e demais serviços têm liberação para operar nesta véspera de Páscoa e atender presencialmente. Em Santa Maria, tanto comércio de rua quanto de shoppings vão abrir as portas neste sábado. Os centros comerciais terão lojas abertas até as 18h e 20h de sábado, dependendo do shopping (os horários estão nas páginas deles no Facebook).
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Nesta sexta, não abre nenhuma loja nem os shoppings. Só os mercados funcionarão (veja horário na página 2), e restaurantes e bares podem fazer só tele-entrega hoje e domingo.
- Estamos liberando o comércio não essencial para trabalhar no sábado, até as 20h, acolhendo um pedido dos setores econômicos ligados ao consumo da Páscoa. Será uma abertura pontual e cuidadosa, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. A liberação será autorizada apenas para o sábado. Na sexta-feira (hoje) e no domingo de Páscoa, portanto, segue a restrição, porque, apesar da leve melhora de alguns indicadores nos últimos dias, ainda estamos em bandeira preta e o risco imposto pela Covid-19 à população gaúcha é elevadíssimo - disse o governador Eduardo Leite em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Na reunião do Gabinete de Crise, ficou definida, ainda, a prorrogação da restrição de horários às atividades econômicas entre 20h e 5h - em vigor desde o dia 20 de fevereiro.
- Também decidimos que as restrições especiais de horário para todas as atividades entre 20h e 5h serão prorrogadas até o dia 9 de abril. Elas terminariam no domingo, dia 4 de abril, mas entendemos que ainda precisamos de um pouco mais de rigor e esforço por alguns dias, para não afetar a trajetória recente de leve recuperação disse Leite.
Mais 645 mil doses de vacinas chegam nesta sexta ao Estado
Segundo o governo, o cenário que permitiu a liberação mostra uma redução na ocupação de leitos clínicos, após atingir o pico de 6.229 pacientes confirmados e suspeitos da Covid-19, no dia 12 de março. Nesta quinta-feira pela manhã, havia 4,3 mil internados. No entanto, o Estado frisa que a ocupação em leitos de UTI está acima dos 100% no Rio Grande do Sul, com 2,6 mil pacientes internados.
NOVAS MEDIDAS
Segundo o governo do Estado, a reunião, na próxima segunda, com prefeitos e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), vai definir possíveis alterações nos protocolos e regras para atividades econômicas dentro do modelo de Distanciamento Controlado. Para Leite, planos de fiscalização são considerados fundamentais para permitir a liberação gradual das restrições, principalmente as que se impõe sobre as restrições entre 20h e 5h.
LIBERAÇÃO
Uma reunião do Gabinete de Crise do governo do Estado estabeleceu a liberação de serviços não essenciais especialmente neste sábado, como se fosse um dia útil. A decisão não vale para os próximos finais de semana.
- Comércio não essencial - Das 9h às 19h
- Shoppings - Das 11h às 20h
- Serviços de alimentação - Das 8h às 18h presencialmente
- Salões de beleza, academias e imobiliárias - das 7h às 20h
- Supermercados - Até as 22h
- Delivery de itens não essenciais - das 6h às 00h
REPERCUSSÃO
"É uma decisão bastante sensata, porque, além dos mercados, existem muitas lojas que vendem material de Páscoa. Lamentamos, por outro lado, que as coisas são sempre de última hora. Temos, agora pela tarde, para fazer a programação do anúncio. Claro que a decisão foi sensata. Não tinha uma coisa melhor a se fazer, afinal de contas, é mais tempo para avitar aglomerações."
Ademir José da Costa, Presidente do Sindilojas de Santa Maria
"Houve uma sensibilização por parte do governo do Estado por ser uma data comemorativa, em que há uma necessidade, até mesmo para que não se perca uma tradição. Não vejo sinal do Estado, no próximo sábado, repetir isso, mas é um juízo pessoal. O nosso argumento é que, por ser uma data tradicional, que tem um forte impacto no comércio, se interromperia uma tradição do ciclo social e familiar. O nosso grande argumento para a próxima semana é torcer que os índices cedam mais. Dia a dia. "
Ewerton Falk, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Maria
"O sábado é o melhor dia de vendas para o comércio, especialmente nas cidades industrializadas. Quem trabalha de segunda a sexta-feira só tem o sábado como dia possível para ir comprar e o comércio poder funcionar neste dia será fundamental para incrementar as vendas da Páscoa e amenizar os prejuízos do setor. Ainda mais em uma semana em que poderíamos trabalhar apenas quatro dias, por causa do feriado na Sexta-Feira Santa. "
Vitor Augusto Koch, presidente da Federação da Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado.
"A regra permite o almoço somente. Para nós, não adianta nada. Na verdade, ele deu esse decreto porque vai estender, até o dia 9, as restrições (das 20h até as 5h). Mais uma semana com demissões, com restaurantes que vão operar na cidade. Está piorando cada vez mais a situação."
Emerson Nereu, presidente da Associação de Hotéis, Restaurantes e Agências e Viagem de Santa Maria